Aninha
Hoje já me sinto em condições de raciocinar e escrever sobre as conseqüências de passar uma noite em claro.

Algumas vezes, quando temos muitas coisas para fazer em um curto espaço de tempo – coisas boas de preferência – enchemos o peito e dizemos:

- Esta noite não vou dormir.

Ai começa uma sina que vai durar pelo menos 4 dias – a minha começou sábado e terminou hoje, quarta feira.

Sábado foi um dia cheio, que emendou com a noite na maior correria, logo era madrugada , cheguei em casa com o dia amanhecendo, corri a manhã de domingo, fiz almoço, curti a tarde, e a noite simplesmente DESMAIEI.

Bom, até a hora do almoço de domingo eu estava curtindo cada segundo do meu final de semana, mas depois do almoço o cansaço começou a me consumir.

Quando escolhemos não dormir para aproveitar algo especial, esquecemos da auto destruição que esta atitude causa.

Depois que almocei parece que, assim como o estômago digeria a comida, algo digeria meu corpo, os músculos estavam cansados, os ossos doíam, parecia que eu tinha apanhado... e muito.

Mais no final da tarde esta dor penetrava cada vez mais em meu corpo, como se ele estivesse sendo corroído por algum tipo de ácido. Meus órgãos precisavam fazer força para funcionar, era um desarranjo interno geral.

Pouco depois do banho as coisas pioraram, meus olhos pareciam cheios de areia, ardiam e lagrimejavam desesperadamente. Além da dor nos músculos, a sensação de ter levado uma surra e a preguiça dos órgãos, veio a dificuldade do sangue para circular nas minhas veias.

Achei que era hora de pedir arrego, de terminar na cama o final de semana e os dias cheios. Comi alguma coisa e fui deitar. Passava pouco das 10 da noite, mas eu estava morta... apaguei. Sem capacidade sequer de sonhar, apenas senti meu corpo acertando o funcionamento de cada parte.

Sei que foi puxado, cansativo, que doeu cada pedaço de mim. Mas tenho certeza que valeu a pena tudo o que eu tinha para aproveitar, e em breve farei novamente.
Aninha
É bom andar a pé...

A favor do vento
Semi nu...

Esqueça tudo
Que tudo sobrevive
Isso é tempo livre pra viver...